quinta-feira, 8 de maio de 2014

O que fazer?

Muitas pessoas acham que podem imaginar o que a gente está sentindo. Muitas pessoas imaginam que podem resolver seus problemas com as palavras delas, mas não, elas não podem!
Você já está no chão, já está destroçado... o que não precisa é que outra pessoa venha com uma pá e derrame areia sobre os seus sonhos... é complicado...
Ninguém sabe como dói perder alguém, ou melhor podem saber, mas cada pessoa perde de um jeito... cada pessoa sente de um modo diferente a perda... a saudade, a falta da outra pessoa.
E eu não posso querer mudar o que eu sou, para que a outra pessoa sinta minha falta... "tipo a pessoa sente que perde e vem atrás" nãaao... isso vai demorar muito tempo, minha saudade e meu coração não vão aguentar esperar todo esse tempo... Não são assim as coisas, não para mim... deixa eu e meu coração mole achar a melhor forma de resolver essas coisas... e quanto mais passa o tempo, mais percebo que eu estou perdendo muito tempo... O medo talvez me impeça de tentar outra vez, porque? Pq o medo do não travam minhas pernas, dão cãibra na minha língua, me paralisam por inteiro e eu fico no talvez... no medo e no talvez... no talvez e no medo... não consigo ir além disso...
Não é a primeira vez que acontece, mas é a primeira vez que eu não consigo reverter, em outros tempos eu já teria revertido essa situação... ou teria coragem de tomar novamente a iniciativa...
Mas já não tenho, vou ficar por aqui com o meu medo mesmo... por enquanto...

terça-feira, 11 de junho de 2013

LOUCURAS...

Loucura é a gente pensar que tudo tem que ser como a gente acha que deve ser, loucura é a gente acreditar que as dificuldades são eternas, que os monstros que vivem embaixo das nossas camas são reais...
Loucura é a gente achar que a pessoa que está ao nosso lado não dá o seu melhor para estar ali, loucura é acordar todos os dias reclamando da sua rotina, sem fazer nada para que isso mude.
Loucura é sair agredindo verbalmente tantas pessoas e tantas coisas por achar que só nós temos razão e só nosso ponto de vista é válido, é loucura também ignorar todas as rosas, porque o espinho de uma te machucou.
Loucura é sair gritando aos quatro ventos que não é feliz, sendo que todos os dias você tem o milagre da vida acontecendo com você e ao seu redor, a oportunidade única de poder mudar algo, todos os dias, que não deu certo ontem...
Loucura é trabalhar a mente em coisas negativas, machucar pessoas com palavras e atos... Loucura é tentar se jogar de um penhasco, só porque houve alterações no seu humor...
Ser louco realmente é outra coisa...
É agradecer a Deus todos os dias por ter aberto os olhos, por ter um emprego, por ter família, por ter chegado aonde chegou, por ter vivido o que viveu, por ter errado e concertado, se machucado e aprendido...
Ser louco é se jogar nos braços da pessoa amada, sem pensar no depois, aproveitar cada segundo que vier, para que nada saia em vão, nada seja meramente ilustrativo...
Ser louco é beijar o pai, beijar a mãe, tratá-los com respeito e com carinho... dedicar um pouco de tempo e de vida à quem um dia dedicou um pouco do tempo para cuidar de você...
Ser louco é viver sem pensar no que outros vão achar, viver, viver e ser livre, como diria a letra de uma música do Charlie Brown...
Ser louco é partir do pressuposto de que todos nós temos problemas, mas que cabe a cada um de nós sabermos por quais lutar, por quais sofrer e quais abandonar...
Ser louco é ter a independência e a liberdade de poder ser quem realmente nascemos pra ser...
Ser louco é NÃO SER NORMAL, fugir dos esteriótipos que preenchem as lacunas da nossa vida social, viver como deve ser vivido... ser autêntico... ser menos previsível, talvez...

LOUCOS, PORÉM FELIZES...

domingo, 9 de junho de 2013

MEMÓRIAS DA EMÍLIA - Monteiro Lobato

Tanto Emília falava em "Minhas Memórias" que uma vez Dona Benta perguntou:
- Mas, afinal de contas, bobinha, que é que você entende por memórias?
- Memórias são a história da vida da gente, com tudo que acontece desde o dia do nascimento até o dia da morte.
- Nesse caso - caçoou Dona Benta - uma pessoa só pode escrever memórias depois que morre...
- Espere - disse Emília - O escrevedor de memórias vai escrevendo, até sentir que o dia da morte vem vindo. Então pára; deixa o finalzinho sem acabar. Morre, sossegado.
- E as suas memórias vão ser assim?
- Não, porque não pretendo morrer. Finjo que morro, só. As últimas palavras têm de ser estas: " E então morri..." com reticências. Mas é peta. Escrevo isso, pisco o olho e sumo atrás do armário para que Narizinho fique mesmo pensando que morri. Será a única mentira das minhas Memórias. Tudo mais verdade pura, da dura - ali na barata, como diz Pedrinho.
Dona Benta sorriu.
- Verdade, pura! Nada mais difícil do que a verdade, Emília.
- Bem sei - disse a boneca - Bem sei que tudo na vida não passa de mentiras, e sei também que é nas memórias que os homens mentem, mas quem escreve memórias arruma as coisas de jeito que o leitor fique fazendo uma alta ideia do escrevedor. Mas para isso ele não pode dizer a verdade, porque então o leitor fica vendo que era um homem igual aos outros. Logo, tem de mentir com muita manha, para dar ideia de que está falando a verdade pura.
Dona Benta espantou-se de que uma simples bonequinha de pano andasse com ideias tão filosóficas.
- Acho graça disso de você falar de verdade e mentira como se realmente soubesse o que é uma coisa e outra. Até Jesus Cristo não teve ânimo de dizer o que era verdade. Quando Pôncio Pilatos lhe perguntou " Que é verdade?" ele, que era Cristo, achou melhor calar-se. Não deu resposta.
- Pois eu sei! - gritou Emília - Verdade é uma espécie de mentira bem pregada, das que ninguém desconfia. Só isso.
Dona Benta calou-se a refletir naquela definição, e Emília, no maior assanhamento, correu em busca do Visconde de Sabugosa. Como não gostasse de escrever com a sua mãozinha, quera escrever com a mão do Visconde.

segunda-feira, 29 de abril de 2013

O que está acontecendo? Brasil, fim do mundo?

Hoje estava conversando com a minha mãe e ela se mostrou indignada a respeito de um assunto que também me revolta.
Moro em Pres.Prudente, interior de Sampa, e hoje na minha cidade, um namorado matou a namorada estrangulada por uma discussão de motivo "fútil" e então chegamos a seguinte conclusão...
A VIDA ESTÁ PERDENDO O VALOR...
Se mata por só ter 30 reais na conta bancária, por entregar o celular sem ao menos lutar com o bandido, se mata por coisas "fúteis", hoje em dia também é muito fácil encontrar por ai, quem te atropele, ampute um membro seu, fuja com seu membro e jogue em algum rio...
A VIDA JÁ NÃO TEM VALOR.
DIREITOS HUMANOS? Só pra bandido...
O policial matou bandido? 100 anos de prisão pra ele... um menor matou, roubou , estuprou? Fundação casa até completar 18 anos, depois soooolta o bixinho por ai pra ele continuar suas atrocidades...
Hoje meus queridos amigos, devemos agradecer a Deus por abrir os olhos, e ao final do dia agradecer por ter chegado bem em casa.
Porque é o que nos resta...

quinta-feira, 7 de março de 2013

A morte do cantor Chorão.

Eu não era uma fã looouca, inconsequente, com um monte de tatuagem nos braços que seguia o CBJR por onde ele fosse fazer shows, nem tenho todos os cds e dvds...eu sou apenas a MARIANA, um ser cujo as músicas do Charlie Brown fazia pirar o cabeção!!! Como eu me sentia liberta podendo cantar aquele "rock", aquelas "poesias", cheias de tudo o que nós, os jovens, queríamos dizer...cheio de "FILHO DA PUTA", "QUE SE FODA", e tantos outros palavrões que quando você canta as músicas do CBJR você enche o peito e grita!!!!
Lembro quando eu escutei Papo Reto pela primeira vez a reação é a mesma ainda hoje, quando escuto fico parecendo uma louconaaa gritando e pulandooo e fazendo gestos porque essa música mexe com o meu interior ... aquelas músicas mexeram comigo... ou então Zóio de Lula, como o Chorão era irreverente e como suas músicas continham poesia, quer melhor que Só os Loucos Sabem... ou Senhor do Tempo... ou até mesmo aquela música linda chamada Céu Azul...
Eu acho tudo isso loucura.. e repito, eu não era fã... Charlie Brown apenas fez parte da minha adolescência e da minha juventude... porque todos os sentimentos que podemos ter, uma música do nosso querido Chorão pode traduzir... Eu estou de luto, por mim, pela minha juventude, pelo cenário da música brasileira, e assim como li ontem nas redes sociais "A MORTE GOSTA DE MÚSICA BOA", perdemos poetas... perdemos quem faz músicas com letras de verdade, perdemos quem coloca sentimento em notas musicais, perdemos Cazuza, perdemos Tim, Cássia Eller, Raaul Seixas, Renato Russo e tantos outros que compunham com sentimentos... Hoje ainda podemos escutar, podemos ver, claro que não há nada de novo para ser nos apresentado, mas há sempre algo de novo para se descobrir num albúm já lançado!
Todos falam de drogas e misturas fatais nesse momento, mas o que mais mata o ser humano nesse mundo de louco era a solidão, e ontem em tantas entrevistas que vi, li ou apenas escutei, o que mais se falou foi de como há meses Chorão vinha se sentindo sozinho... a solidão também mata... pois nos rouba o que faz o nosso coração pulsar, tira a nossa alegriaa, nos faz escravos de tudo aquilo que não nos acrescenta nada, só nos tira o que temos de bom... assim foi com o Chorão, pessoa pública, pessoa ativa na nossa sociedade, mas isso que aconteceu com ele acontece a todo momento, com muitas e muitas pessoas. a solidão nos rouba de nós mesmos....

#RIPCHORÃO...
#LUTOCHORÃO
#DESCANSEEMPAZCHORÃO

Vá em busca d'AQUELA PAZ, buscar o seu LUGAR AO SOL, sendo lembrado como O ERRADO QUE DEU CERTO, tendo uma conversa com o SENHOR DO TEMPO, e nos fazendo lembrar que SÓ OS LOUCOS SABEM!!

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Sonhos surreais... parte II



Ela deu um salto da calma, o relógio marcava 9:30 a.m, rolou ainda por alguns segundos e se perguntou se tudo o que havia vivido era sonho ou realidade, pois quase havia conseguido sentir a pele daquele homem que a beijou em seu sonho na noite passada.
Atordoada, ainda sem jeito, levantou da cama e procurou algum analgésico para dor de cabeça, sim... a noite foi tensa demais nos seus sonhos...Encontrou uma aspirina na gaveta e partiu para o banho.
Parecia um dia qualquer, mas, para ela não foi! Não conseguiu trabalhar, não conseguiu realizar os relatórios que precisavam ser entregues, ela só conseguia pensar no sonho, MALDITO SONHO, por que justamente ele resolveu lhe fazer uma visita em seu sonho? por que sussurrou coisas belas para ela e a deixou sozinha quando ela mais esperava? Aonde ele estava afinal, por que a iludiu e depois fingiu que nada havia acontecido? Há um mês atrás estava perfeitamente tudo bem, mas ela não entendia... Ela não compreendia... Sua mente a enganou, ele não estava ali, nunca estaria, afinal... ele mudou de cidade, sem nem ao menos dizer adeus, quando chegou ao seu trabalho na segunda feira, encontrou sua mesa e suas gavetas completamente vazias. Ele não se despediu.
Mas algo a deixava confusa, por que ele disse todas aquelas coisas? Por que falou de morarem juntos, constituírem uma família? Ter um cachorro e um gato, talvez? Ela não entendia, ela não compreendia... Para todos ele era apenas um amigo do trabalho, com quem ela dividia a sala, e, para ela, ele era quem ela decidiu doar o coração.
O telefone tocou... uma onda de adrenalina invadiu todo o seu ser... poderia ser ele talvez tentando se explicar...poderia ser alguém para dar alguma notícia...
"Oi"- disse alguém do outro lado da linha
"Olá"-suas pernas bambearam
"Me desculpe pela bagunça que causei na sua vida, há muito que queria te dizer tudo que disse, mas não sei se seria homem suficiente para assumir todas as confissões... como você sabe acabei de sair de um relacionamento agora e não posso me envolver"-suspirou.
"Ótimo!"-disse ela
"Ótimo? Eu abro meu coração pra você e tudo que você diz é ótimo?" - ele resmungou
Ela não disse nada. Ficou ali parada, travada, as palavras não saiam e tão pouco ela conseguia pensar em algo pra dizer. Encontrou coragem, respirou fundo e colocou o telefone no gancho.
Suava frio depois do telefonema, pensava no que dizer, se por acaso ele aparecesse no apartamento ou mesmo no escritório, na sua sala onde tudo começou.
Mas estava decidida, ele não a incomodaria mais, não mexeria tanto em seu ego e ela ficaria bem. Inventou um mal-estar, recolheu seu laptop e foi para o estacionamento.
De longe alguém a observava...


sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Sonhos surreais... parte I

O passado retorna à mente...o sonho parece real... Ela acorda meio que deslocada do lugar que realmente está.
Sensação incômoda, distrações durante todo o dia... Ele está perto e ao mesmo tempo tão distante. Os corpos se unem, estão quentes, então se beijam. Há um sentimento bem além do amor, ele está ali...ela também está.
Há algo estranho no ar, um desejo de posse, algo em torno de um querer... Há muito mais do que simples cúmplices, simples amantes... há uma força tenaz que os arrastam para dentro de si.
O frio faz seu corpo reagir, ela se agita na cama, está tudo muito estranho, está tudo tão turvo, ela nada enxerga, mas o vê se despedir.
Ela corre atrás dele, sem sucesso porém! Ela precisa alcançá-lo, ela vai alcançá-lo, ela precisa ir atras dele pra dizer coisas que há muito estão guardadas em seus pensamentos, entaladas em sua garganta:
"Não vai por favor! Fique mais um pouco. Me sinto tão só quando não estou com você, você me faz tão bem, me faz sentir tão viva... Ah... como eu adoro o seu jeito de pentear o cabelo, a sua barba por fazer, o cheiro que seu banho deixa exalando no ar, como eu adoro quando você me abraça e o seu perfume fica em mim, sobre mim. Não foge agora, estudei muito meus sentimentos, não vai agora... não hoje que eu tinha tanto pra lhe dizer... Porque está indo assim? Aonde você está indo? Quem espera por você? Porque não reage mais a mim e aos meus carinhos? Quem está querendo te tirar da minha vida?
EI MEU AMOR... VOLTE AQUI, NÃO VAI EMBORA... EU AMO VOCÊ."
Estranhamente não se olharam, mente estranha nem se entreolharam... não se encontraram.
Ficou tudo abafado, tudo solitário, ela se sentiu sozinha... o peito apertou...
Ela acordou, suspirou, e estava tudo igual... tudo como antes... então ela voltou a dormir, tentou voltar para o mesmo sonho, mas não deu certo... sua mente a havia enganado...
ESTRANHA MENTE...ESTRANHA-SE A MENTE DO SER HUMANO.